28 de julho de 2020

Engajamento comunitário

Conheça a história de Laura, estudante do Ensino Médio que sonha com um mundo melhor e cuja vocação cidadã foi despertada pela participação em ações de voluntariado promovidas pelo IA no município de Juruti, no Pará.

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Este ano, o “Histórias que Inspiram” marca o aniversário de 30 anos do Instituto Alcoa. São histórias de vida de colaboradores, voluntários, representantes de organizações beneficiadas, líderes comunitários e outros atores fundamentais que se conectam com a trajetória do Instituto e a fazem ainda mais especial.

Na edição de julho, conheça a história de Laura Kássia Souza Torres, uma adolescente de 17 anos que vive em Juruti, no estado do Pará, e viu sua vocação cidadã ser despertada desde cedo com a participação em ações de voluntariado promovidas pelo Instituto no município.

Personagem: Laura Kássia Souza Torres, 17 anos, aluna do Ensino Médio da Escola Emanuel Salgado Vieira e suplente do IJUS Jovem

A primeira vez que Laura participou de um ACTION - programa de voluntariado do Instituto Alcoa -, ela tinha apenas sete anos de idade. Realizada desde 2003 pelo IA nos municípios em que a Alcoa atua, a atividade é bastante conhecida na região por reunir grupos de colaboradores voluntários da empresa para a realização de ações junto a projetos sociais e instituições locais a fim de beneficiar a comunidade, tanto com o trabalho voluntário, quanto com recursos financeiros.

Laura é filha de Raquel, supervisora de almoxarifado na unidade da Alcoa em Juruti. Por influência da mãe, a jovem conta que desde muito cedo teve a oportunidade de se envolver em ações e projetos beneficentes.

“Minha mãe foi a pessoa responsável por incutir em mim o valor de ajuda ao próximo. Eu lembro de participar dos ACTIONs de Natal, que sempre foram os meus preferidos. Era um sentimento indescritível ver as crianças das comunidades ganhando os presentes. Eu ficava feliz ao presenciar a felicidade delas e por me sentir parte daquilo. A camiseta de voluntária do IA significava muito para mim. Eu tinha uma grande identificação com aquele símbolo, me sentia orgulhosa em usá-la”, lembra.

Trajetória de engajamento

No início de 2020, Laura viu sua chapa ser eleita à direção do grêmio estudantil da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Emanuel Salgado Vieira, onde cursa o segundo ano do Ensino Médio. Atual presidente do grêmio, ela conta o que essa conquista significou para sua vida estudantil, pessoal e como ativista.

“Eu sempre tive o sonho de ser presidente de um grêmio estudantil. Via nos filmes e ficava imaginando tudo que eu poderia fazer e propor para minha escola.”

Contribuição em tempos de pandemia

Em razão da pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais estão suspensas desde março em todo o Brasil. A situação impôs ao grupo do grêmio seu primeiro desafio: ajudar a escola a manter algumas aulas em modo remoto durante o período de distanciamento social.

Laura conta que o grupo mapeou alguns professores que, voluntariamente, se disponibilizaram a contribuir para que os alunos da Escola Emanuel Salgado Vieira não ficassem totalmente parados.

“A maior parte dos professores da minha escola não tem infraestrutura para oferecer aulas remotas. Então, fomos em busca de professores voluntários fora da escola e até mesmo de Juruti para a realização de lives e aulas virtuais”, conta.

IJUS Jovem

Este ano, a adolescente assumiu a suplência do núcleo jovem do Instituto Juruti Sustentável, o IJUS Jovem, dando mais um passo na direção de desenvolver sua vocação cidadã.

Primeira organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) certificada no município de Juruti, o IJUS é um espaço permanente de diálogo e ação coletiva, que visa contribuir para o desenvolvimento sustentável do município e de seu entorno. Também é um importante parceiro do IA, inclusive durante a pandemia, em ações de ajuda humanitária voltadas a famílias em situação de vulnerabilidade social.

“No dia em que fui eleita para a suplência do IJUS Jovem, soube que era com isso que eu queria trabalhar: ajudando pessoas”, conta Laura, que sonha em se formar em Medicina.

Voluntariado e desenvolvimento pessoal e comunitário ‘andam de mãos dadas’

A adolescente acredita que ter participado dos ACTIONs foi o que a levou a trilhar um caminho que contribuiu fundamentalmente para a jovem que se tornou.

“A partir dessa experiência, pude desenvolver meu lado humano, me aproximar mais das pessoas e descobrir essa vocação para transformar realidades e, assim, ajudar, todos os dias, a construir um mundo melhor a partir de pequenas ações na minha comunidade.”

Laura acredita que o voluntariado a fez sair da ‘zona de conforto’ e despertou nela o senso de trabalho em equipe e o sentimento da empatia.

“Se pensarmos que existem muitos problemas globais, podemos nos sentir incapazes de mudar o mundo. Mas, se nossa ação fizer a diferença na vida de uma única pessoa, já terá valido a pena e isso alimenta a esperança de que é possível fazer mais a cada dia. Eu me sinto renovada ao entregar uma parte de mim porque recebo muito mais em troca”, comemora.